terça-feira, 22 de junho de 2010

Falando de Amor - 4. CÂNCER NO AMOR


“[o amor] Não inveja, não se vangloria, não se orgulha”. 1 Coríntios 13.4

Há alguns anos aconteceu algo interessante na minha ex-igreja. Fizemos um tipo de “debutantes”, para abençoar as garotas que tinham entre 14 e 22 anos. Com direito a pompas e jantares, cadetes lindos, trajando seus belos uniformes, fotos e tudo. Dentre aquelas 20 garotas, estávamos em três que tocavam violino. Pensamos em tocar juntas, mas fomos vetadas. Porém, no dia da cerimônia, a garota que tocava melhor de nós três estava lá, tocando. Invejei o talento, invejei a preferência, além de me sentir enganada. Mas, a minha outra amiga, indignada foi mais longe: começou a falar mal dela a outras e a desprezá-la. Isso me acordou. “Espere! Eu a amo!”. Aquela boa violinista era minha amiga de infância. Quando crianças, eu decorava a Bíblia enquanto ela decorava o Hinário, só para apresentarmos juntas na igreja. Eu jogaria fora uma história, uma amizade, deixaria morrer um amor legítimo se continuasse deixando que a inveja tomasse conta. Talvez até abandonasse o violino mais tarde, se permitisse algo assim crescer. Que tipo de adoradora eu seria?
Orei e resolvi fazer dela uma referência no violino para mim, pois admiti o quão gostoso era ouvi-la tirando sons tão belos do nosso instrumento. Fui para o outro extremo. Agora, eu a apoiava na música e a defendia de acusações invejosamente injustas (isso é um pleonasmo!). Chegamos a fazer duetinhos. Ela despalla e eu de primeira estante dos II violinos. Mais tarde, ela continuou a ser alvo de invejosos, fofoqueiros. Não agüentou e saiu dali, magoada, sofrendo muito. Mas, a minha amizade com ela dura até hoje e não deixo de orar por ela, pedindo a Deus para curá-la e restaurar seus sonhos, sua fé. A amo muito.

A inveja é prejudicial à saúde do Amor. Mas, ela é espontânea também. É como uma erva-daninha ou um câncer. Ela não precisa de muito espaço para aparecer, mas precisa de um esforço consciente e muitas vezes sobrenatural para sair. O que o versículo diz é que o Amor NÃO inveja. Logo, enquanto você estiver invejando, NÃO estará amando. 

O passo seguinte da inveja é o desprezo que, para justificar-se, revela uma avidez em acusar uma inferioridade ou deteriorar a imagem do outro diante da sua. Isso é vanglória. Crescer diante dos outros visando mostrar que é melhor do que eles. Objetivo sem nobreza alguma. E isso tudo nada mais é do que um berro do orgulho, numa visão limitada à alimentação do alterego. O Amor não é egocêntrico assim. Em algo tão ruim não há espaço para o Amor, pois não há intenção de construir, de doar-se. A inveja é algo que suga as energias até matar o Amor. É um câncer terrível se não for tratado pelo Médico dos médicos. Só então se pode viver o Amor novamente.

Que tal se pararmos um pouco para confessar a inveja ao SENHOR JESUS e orar por aquelas pessoas a quem invejamos? 
E, na sequência, oremos por aquelas que nos fazem sofrer com sua inveja. 
Elas também precisam de uma dose forte daquele Amor confortante, que vem do alto!

Não gosto de falar de inveja e orgulho.
Para mim, confesso que foi muito difícil e pesada essa reflexão.
Mas, extremamente necessária na remoção dos entulhos do coração.

Que Deus nos abençoe e retire de nós tudo o que é prejudicial para a liberdade de amar!
Paz & Beijos.
 

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